quarta-feira, 25 de julho de 2012

A Marca de uma lágrima

   Esse foi o livro que me tornou uma apaixonada pelo mundo das Letras. Até bem pouco tempo era o meu livro favorito, pois com certeza foi um divisor de águas para a minha biografia. E este poema eu sabia todo de cor. Hoje, por acaso, me peguei lembrando de trechos dele. Se é pra falar de amor, nada mais justo do que falar de um amor juvenil, puro, platônico e desmedido.

"E o meu amado o que diria
Se eu partisse?
O que diria esse versos
Nao ouvisse ?
O que teria em suas mãos
Se não um corpo dessangrado,
Cheio de carnes,de suspiros,
De delirio apaixonado?
Falharia ,poréem,o recheio das ideias
A loucura e a razão
Que transformam um encontro sem graça
Em tremenda paixão
Mas não tema meu querido
Que esse amor desapareça ,
Pois ele é amado ao mesmo tempo
Por um corpo e uma cabeça
O corpo ele pode beijar cheirar,
Fazer do corpo mulher.
Mas a cabeça o possui,manipula,
E faz dela o que quer!
Haja o que houver do meu amor
Esse garoto foi o rei.
Digam a ele que com o corpo e cabeça
Eu sempre o amarei
A marca desta lágrima testemunha
Que eu o amei perdidamente
Em suas mãos depositei a minha vida
E me entreguei completamente
Assinei com minha lágrimas
Cada verso que lhe dei
Como se fossem confetes
De um carnaval que não brinquei
Mas a cabeça apaixonada delirou,
Foi farsante, vigarista, mascarada!
Foi amante entregando-lhe a outra amada
Foi covarde que amando nunca amou! "


(Pedro Bandeira)

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