Você se acha o maior escritor da família, de repente, percebe que é só mais um no meio da multidão. É bom saber que, ainda assim, você consegue fazer com que as pessoas se deixem mostrar como são. Porque todo escritor, por mais fictícia que seja sua história, fala de si mesmo e nada mais. Leiam e decodifiquem nessas entrelinhas esse novo autor que, segundo suas próprias palavras, pretender ser o nosso próximo TOP ONE. Será?
02 de julho de
2007, Rio de Janeiro, Hotel Mirador.
por Cristhiano Brito
Só para não
esquecer resolvi registrar aqui. Foi de ontem para hoje que tive um sonho em
que voava, quer dizer, podia voar. Tudo começou, vai ser rápido e logo você
volta para a leitura, então, tudo começou, no sonho, com um salto. Não sei o
que veio antes, só me lembro de correr, havia alguém atrás que dizia algo mas
não lembro o quê. Corri e saltei, veio então um forte frio na barriga que
aumentava quanto mais próximo do chão eu chegava. Esse instante, o de chegar ao
chão é meio intrigante, o que vou contar é mais o que acho que ocorreu do que o
que lembro realmente. Então, eu passei do chão e voltei suavemente como que
levitando, a partir daí o cenário mudou. Algumas imagens apenas ficaram. Bom, o
que importa é que eu podia voar, quer dizer, às vezes podia. Mas para fazê-lo,
digo para voar era necessário me concentrar bastante. Essa concentração
necessária que me intrigou, não era do tipo “eu vou voar, eu vou voar” e chazam:
voava. Precisa acreditar que podia voar, só conseguia quando pensava que podia
e não exitava em nenhum momento. Precisava me envolver com a idéia de que podia
fazer como para realizar uma atividade comum, na verdade deveria não pensar
muito para fazer. A sensação era muito agradável, isso foi o que mais
impressionou, além de voar eu podia passar por dentro dos objetos. Mas no fim
do sonho eu perdi a capacidade de voar. Descobri isso em pleno vôo, na verdade
eu saltei para um vôo rasante e antes mesmo de cair eu achei que não mais
voaria e pensei: “não vou conseguir voar” e pimba, foi o que aconteceu. Eu caí,
era baixo, mas não cheguei a tocar o chão, na verdade era um balcão de
supermercado sobre o qual eu queria passar voando, como um goleiro defendendo uma
bola no ângulo da trave, para que as pessoas atrás vissem que eu tinha uma
aptidão especial.
O sonho teve
mais coisa, mas o que importava aqui era isso. Durante o dia fiquei pensando
nele e tentando ter aquela sensação incrível de voar, sem ajuda de nada e
ninguém, mas não consegui nem chegar perto. Comecei a fazer alusões do sonho
com a realidade e descobri algumas mensagens interessantes. Podem não fazer
sentido para outros, mas reparando bem até que tem lógica. Vou enumerar para
ser breve. A queda inicial e de repente recebo uma habilidade especial, parece
até com as oportunidades que surgem no dia a dia quando estamos em momentos de
crise, mas não sem ler o restante. Essa habilidade, essa de voar, precisava
acreditar nela para poder usá-la, muito semelhante a nossa auto-estima. Depois
então eu voava, tinha controle da minha mente e podia inclusive passar por
entre as coisas, foi aprimorando, fantástico. De repente isso deve ter me
envolvido e fiquei cego, querendo “aparecer”, não é que nessa hora eu caí. Seria
orgulho ou vaidade? Caí, mas não sem antes saber que isso aconteceria, no
instante em que questionei se podia voar, não acreditei na minha capacidade,
caí. Auto-estima novamente? Não sei, cada um vai interpretar como quiser. As
mensagens que ficaram para mim foram essas, e essa é mais uma mensagem, a da
interpretação, ou poderia ter sido apenas um sonho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe um comentariozinho ;]