quinta-feira, 29 de novembro de 2012

As desculpas.

Pois é, apareci. Não abandonei o blog, mas tenho feito mil coisas e não tenho conseguido me inspirar devidamente. Mil desculpas, mas não conseguirei cumprir o combinado de postar em dias alternados. Sei que isso é muito ruim para a divulgação da página porém, não tem como ser diferente: trabalho, faculdade, fim de ano, tudo contribuindo para me desviar desse meu espaço. Prometo que sempre que puder estarei por aqui, e, para firmar esse compromisso, vou postar os convites que fiz hoje. Gostei bastante do resultado!



quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Veta Dilma?

Será que eu quero mesmo que o Rio continue recebendo os mesmos bilhões dos royalties? O Cabral diz que sem o benefício, não tem Copa, nem Olimpíadas, mas o repasse dos royalties não são para compensar o meio da exploração? E o que a Copa e as Olimpíadas têm a ver com isso?

Pode ser ignorância minha, e posso estar correndo o risco de receber milhões de pedras no meu telhadinho de vidro e, mesmo sem entender, vou comprar essa briga. Eu não sei nada de política, nem nada (ou quase nada) de dinheiro público, só consigo analisar o que a mídia, parcialmente, me informa. 

Sei que nós moramos num país rico, que deixamos de receber royalties de muitas empresas que lucram com matéria prima retirada de nossas matas. Sei também que, de repente, um Rio mais pobrinho, seja um Rio menos roubadinho. Sei lá...É também uma forma de pensar, né?

Aterro do Flamengo. Acervo pessoal.


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Por que namorar?

Namoro 

por Fubim


É fato. Textos românticos que começam com citação de dicionário são manjados, superficiais e mela cueca como o teclado de uma música do Bon Jovi.

Mas como eu tenho o mérito da ousadia, visto que dei um título desses a essas singelas linhas que tenho o prazer de ter seus olhos a segui-las, vejamos o que o Aurélio tem a dizer sobre “namoro”.


na.mo.ro

sm (der regressiva de namorar) 1 Ato de namorar. 2 Galanteio. 3 O namorado ou a namorada.

Certo. Realmente não foi a definição mais esclarecedora do mundo. Mas isso só me ajuda a tentar criar a minha versão sobre o que este título implica e significa na vida de uma pessoa.

Primeiro. Por que as pessoas namoram? Antigamente era claro. O namoro era simplesmente uma ante-sala para o casório. Aliás, nos tempos do meu e do seu bisavô o item número 2 da definição acima era de fato feito na sala, com a companhia vigilante da futura sogra em um sofá por perto.

Hoje, este objetivo ainda existe. Mas como algo distante, longe, deixado para pensar depois com uma conta bancária razoável ou a certeza que o matrimônio valha outra tentativa. A prioridade é ser feliz, e agora. Namora-se por que você simplesmente gosta de quem você escolheu depositar todo seu afeto.

Mas será que é tão simples assim?

Surge então uma inevitável pergunta: com a desobrigação do casamento em cada namoro e um vasto mundo de oportunidades para solteiros e solteiras se lambuzarem no mel da conquista, por que as pessoas ainda escolhem o doloroso risco de ter seu coração partido? Afinal, a vida em voo solo está aí, com todas as vantagens da liberdade de fazer e pegar quem bem entende.

O “affair” da revista Caras, o “ficante” da revista Capricho, o “fuck friend” da revista Nova só mostram o quão normal e corriqueiro o romance sem compromisso está. Uma fase de “curtir a vida” é bem vinda, e valorizada. Dá para viver muito bem saindo para onde quiser e sem número certo para boa parte dos nossos telefonemas.


Na teoria, é possível preencher toda nossa inerente carência por cafunés sob o cobertor e mensagens de texto lidas com um sorriso visitando tudo que nos apetece no cardápio. Satisfazendo-se com romances simples e apetitosos como um macarrão carbonara.

Na teoria. Pois na prática, quando chega a frechada do cupido ou o tiro acerta o Álvaro, entra em vigor um antigo ditado sertanejo: “cavalo selado não passa mai de uma veiz”. O recém contraído frio na barriga é acompanhado de um leve e intuitivo desespero, de algo que lhe diz que se você deixar esse potro passar vai ver embora com a poeira na estrada uma baita chance de ser feliz. Ou pelo menos viver assombrado com a dúvida do que seria um passeio a galope.

E esse imprevisível senso de urgência é o primeiro sintoma da paixão - a faísca que começa namoros. Coisa que depois, aos poucos, vai virando algo maior que nem eu, você, ou fogo que arde sem se ver consegue definir.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Solidariedade

Eu acho que os problemas que assolam nossa sociedade tem um só nome: a falta de solidariedade. E esse problema tem me incomodado muito, principalmente, quando preciso me locomover. É andando na calçada ou atravessando a rua, mas a bárbarie acontece mesmo quando eu resolvo utilizar o transporte coletivo. 

 As pessoas se acham donas do mundo ou o quê? Esses dias, entrei numa van e havia dois cavalheiros sentados na ponta e só uma vaga na janela, acredita que ninguém se mexeu na hora que entrei? Tive que, praticamente, passar por cima deles para sentar. 

Hoje, em um ônibus lotado, tentei ficar em lugar que não atrapalhasse muito a passagem e segurei a minha bolsa para não bater em ninguém, a bonita sentada na minha frente nem para se oferecer para segurar a minha bolsa, mesmo vendo que estava difícil me segurar e segurar a bolsa. Teve uma hora que me irritei e desci a bolsa de forma que quando as pessoas passavam, a bolsa batia na própria mulher sentada e digo mais: ela ficou bem irritada (rsrsrs). 

 Esses são apenas dois de muitos casos que já me ocorreram e, com certeza, ocorreram com muitas outras pessoas. Com um pouquinho de boa vontade, a nossa vida e a de toda a comunidade seria muito melhor. Eu nunca deixarei de pregar a minha máxima: Não faça aos outros o que não gostaria que fizessem com você. 


domingo, 11 de novembro de 2012

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Nota 10 em exemplo



Todas as vezes que falei de educação, de ser responsável por alguém, falei de dar o exemplo, de se colocar em sacrificio e não apenas de usar o velho "faça o que eu digo e não o que eu faço". 

Uma mãe denunciou uma irregularidade da própria filha. Não sabemos se a filha estivesse realmente tentando o ENEM para ingressar na faculdade, a atitude da mãe seria a mesma, mas não podemos desconsiderar todo o gasto envolvido em uma prova de Vestibular. Essa mãe não só desclassificou a própria filha do concurso, ela deixou sua filha ser punida de um erro, ela saiu da sua zona de conforto e denunciou essa prova que já provou, por tantas vezes, que não tem segurança nenhuma e, ainda assim, continua sendo o principal método para os alunos ingressarem na faculdade pública. Com certeza, ela, metaforicamente, deu tapa na cara de muita gente. 


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Sobre desamigos...

E não será muito incomum a minha indiferença com alguém no primeiro contato. Inimigos dos meus amigos, meus inimigos são. Os amores passam, a vida passa, só os verdeiros amigos ficam. E quem são os verdadeiros amigos? 

Andei me perguntando a quantas pessoas não fui legal porque o amigo do amigo me disse que não prestava. Qual o parâmetro que define quem presta ou não? Será que é demais dar um segunda chance à alguém que nunca teve direito nem a primeira? Pagar para ver ou ignorar de cara? A segunda opção é mais fácil, mas será que também não estamos nos impedindo? Não estamos nos limitando a viver somente experiências seguras? E o que é seguro quando se trata de seres bipolares, temperamentais, sentimentais e...HUMANOS?


Será que não perdemos oportunidades de conhecer pessoas maravilhosas pelo simples medo de tentar? Será que não deixamos de casar com o galinha da turma para não magoar o coração? Será que não desfizemos laços familiares apenas pelo rancor herdado de nossos pais?

A vida pode durar uma década ou um século, nós não conseguimos controlar isso, mas podemos, a todo momento, nos livrar dos paradigmas criados por nós mesmos. Os "nunca's" devem ser transformados em "talvez" ou em um "quem sabe". Afinal, quem sabe o dia de amanhã?

Mais vale aqui é construir, e não destruir. Fazer amigos, relembrar amigos e desfazer inimigos são dicas valiosas. Os laços devem ser renovados sempre, com um presente ou uma presença, de preferência.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Porque nenhuma alegria é isenta de pesares.

Onde fui amarrar meu burrinho?

Por Christina

Desde criança sempre quis ser mãe. Sempre achei lindo mulher grávida, enorme, barriguda, andando feito pato de pernas abertas. Sempre achei que ser mãe era meu (único?) dom na vida. Na adolescência me vi um tiquinho mais egoísta "filho? tá doido? não suporto criança chorando!", mas logo a vida voltou ao normal e numa discussão com um (ex) namorado, cheguei a conclusão de que esse é o único propósito da vida do ser humano: procriar, parir, encher o mundo de herdeiro.
Abre parênteses:
Não, não acho que gerar e parir uma criança seja mais importante do que criar uma criança. Tiro meu chapéu para os pais adotivos que criam seus filhos muitíssimo bem. Muitos pais biológicos não chegam aos pés de certos pais adotivos. Mas a questão aqui é que sempre fui louca pra ter aquele barrigão gigante e andar feito uma pata.
Fecha parênteses.
O tempo passa, o tempo voa, o namorado muda, a pessoa muda de país e volta a ser estudante aos 28 anos. Relógio biológico já em funcionamento. Namorado gringo, diferenças culturais gritantes, que tempinho bunda esse da Inglaterra, vamos morar juntos, vamos pra uma casa melhor.
O plano era casar, comprar casa, ter filho, nesta ordem. Tinha o sonho de ganhar na loteria, mas não depende da gente. Na vida real, o que aconteceu foi que engravidei, depois casei mega barriguda (tipo um mês antes de parir), ao mesmo tempo que compramos a casa. A mudança foi feita entre o parto e o pós-parto. Lindo, tudo lindo. Gravidez maravilhosa, a barriga cresceu no último mês e ficou enoooorme, o cabelo ficou brilhoso, o humor nunca esteve tão bom, dormia o final de semana inteiro, conseguia dormir de bruços (isso, de barriga pra baixo, como eu gosto!), a vida era a linda e eu amei aquele estado - cheguei a dizer pros gays (todos tão lindos) lá do trabalho que topava ser barriga de aluguel, de tanto que amei estar grávida. Amei o parto também, apesar dos pesares. Saí querendo mais.
Mas depois da gravidez fantástica, do parto legal, o que acontece? Cadê a barriga redonda e linda? Cadê os paparicos? Cadê os finais de semana de sono profundo? Ninguem me preparou para o que estava por vir. Parir foi mole - dói sim, mas foi ótimo; amamentar foi divino - é difícil sim, mas uma experiência única; mas ter um serzinho dependente de você, que não curte dormir como você curte, que não vem com manual de instruções e que não tem botão liga-desliga (como assim, produção?!?!).
E quando você nao tem família perto pra dar uma força, pra segurar a onda por duas horinhas enquanto você dorme? E quando a família vem de longe e fica hospedada na sua casa, 24 horas por dia, 7 dias na semana (7 não, 14, às vezes 30!)? E quando a família que vem para o nascimento e as primeiras semanas de vida da sua filha não é a sua, não fala a sua língua e quer dar o primeiro banho (e todos os subsequentes), trocar as fraldas, etc? E quando - prestem muita atenção agora - seus hormônios, que foram tão legais com você durante a gravidez, te sacaneiam feio no pós-parto e você acaba em depressão e tomando anti-depressivo?
Resumo da ópera: ser mãe não é o mar de rosas que eu sonhava que seria - é, de longe, uma das coisas mais difíceis que já fiz na vida, mais imprevisíveis, mais cansativas e emocionalmente desgastantes. Já passei por muitas coisas na vida mas essa é a que mais me sugou, me consumiu. Educar uma criança é tarefa muito séria e complexa. Vai ficando mais e mais difícil. Tem todas as doenças, os dentes que nascem e trazem diarréia, febre e muita dor juntos, a fase dos terrible twos (que pode durar até 3 anos), a descoberta e o vício do chocolate, e por aí vai. E olha que não sou nem uma expert no assunto; só tenho uma filha e ela só tem 2 anos.
Estou arrependida? Está maluca?! Nunca! Faria tudo de novo, mil vezes. Minha filha é linda demais, gostosa demais, feliz demais. Olho pra ela e tenho a certeza de que sou uma ótima mae: ela é saudável, faladeira, esperta, feliz - tão feliz. O trabalho compensa. Posso estar exausta, mal humorada, com raiva do mundo, mas toda santa noite, pelo menos uma vez, vou no quarto dela admirá-la no sono, beijar o pezinho descoberto, cheirar a cabecinha, olhar cada detalhe do rostinho bochechudo dela.
Mas (sempre tem um "mas", né?), se antes eu achava que eram doidos os casais que optavam por não ter filhos, hoje em dia entendo perfeitamente a opção, e apóio a decisão.
Acho que, às vezes, eu queria era ter um clone - um com filho e outro sem. Pra viver o melhor dos dois mundos.

Christina é mãe de uma, queria ter quatro filhos mas agora não sabe se terá mais que dois. Nas horas vagas, também é esposa, trabalha expediente integral, é escrava do lar e escreve bobagens em inglês aqui e em português aqui.

Fonte: http://minhamaequedisse.com/

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Lembranças de um samba

Então, eu coloquei um trechinho desse hino no Face e, ao colocar, me lembrei de uma noite dessas, quando a saideira começou às cinco horas da manhã, e num botequim qualquer, rolou aquele samba na caixinha de fósforo e no que eu disse "Vamos cantar samba-enredo", o vizinho de mesa já começou "Valeu, Zumbi..." Fiquei pensando que tem sambas que são tão bons que nem parecem que nasceram de um simples enredo carnavalesco.

E as lembranças são mesmo coisas tão boas que depois de ter atualizado o status no Facebook, algumas colegas de escola se manifestaram lembrando de momentos daquela época.

A saudade é uma dor da lembrança, de uma lembrança que não dói porque passou, mas dói porque não volta mais.


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Família ê

às 00:16

"Preciso de um tempo para me dedicar a um futuro que não é meu e do meu futuro para amar uma vida que não é a minha." ( QUALQUER, Uma mãe)

Esses dias vi na rua um casal que era a cara da modernidade. Um homem que aparentava ter menos de 40 anos, de camisa de malha, calça jeans, tênis, e uma bolsa de bebê à tiracolo. Normal, né? Sim, se ele não estivesse levando um carrinho de bebê com uma menina linda dentro e, para a minha surpresa, ao lado dessa cena uma senhora, com a mesma idade do homem, vestida de maneira social. Como sou bem fuxiqueira (Desculpa, gente!), pude perceber que ali havia uma família, uma família diferente, mas uma família completa, pai, mãe e filha.

Num mundo onde o casamento é uma simples celebração luxuosa, há de se admirar casais que se sustentam por décadas. E é nesse mesmo mundo de filhos com pais separados é que reinam os preconceitos sobre adoção de homossexuais. Dá para entender tamanha hipocrisia?  Eu até tento, mas hoje não vou desenvolver, vim apenas para criar a polêmica. 

Tenham uma boa semana!


Super mãe e executiva de sucesso é possível?
Foto retirada do Google Imagens


domingo, 28 de outubro de 2012

Sobre ter fé...



Depois dos últimos acontecimentos, seria conveniente que eu viesse escrever sobre perdas, talvez até sobre derrotas e vitórias, mas eu achei pertinente falar sobre FÉ. Não uma fé que discute essa ou aquela religião, não uma fé que adora um ou alguns deuses, eu venho falar da fé que tira o homem da cama às cinco horas da manhã, de uma fé que faz a mãe deixar os filhos com desconhecidos e pegar um ônibus lotado. É uma fé que paga o leite do café da manhã, que almeja um automóvel com ar condicionado, que sonha com uma apartamento de dois quartos. É a fé de uma Nação que não se cansa. É a fé do brasileiro, que apesar de menosprezada, muitas vezes, é, para mim, a prova de que sem fé não se consegue nada. E, como prova viva disso, eu tenho a minha fé.

Conquistar um dia de cada vez, não é fácil, é preciso disciplina, foco e superação. É preciso passar por cima das humilhações, é preciso engolir que você não faz nada no trabalho, é preciso não temer a maldade alheia. E é por conta da minha coragem, da minha determinação, da minha disciplina e, principalmente, da minha FÉ, que eu não me canso. Com paciência e sabedoria, um dia após o outro. Os sonhos continuarão ali na caixinha, sempre preparados para serem reais. O meu espelho quer me ver sorrindo todos os dias. Toda adversidade tem uma felicidade, não importa o quão ruim ela seja. Afinal, ninguém disse que seria fácil. 


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Que Vossa Mercê entenda bem...


“A arte não precisa de estética perfeita ou gramática correta, a arte tem que ter alma. A cultura não tem que ter perfeição até porque este ideal está nos olhos de quem vê.”

É com esse trecho do texto do Ricardo Barbieri que eu estendo a discursão dele e dou início a minha. E não venho discutir o que é certou ou errado, afinal, se vivemos num “país democrático” onde a maioria escolhe até o representante da Nação,  porque achamos que nós, uma minoria, só porque dominamos alguns conhecimentos gramaticais, estamos certos? Quem disse isso? Uns gramáticos dispostos a elitizar o nosso bom Português? Eles também são uma pequenina minoria.

Se você não for um advogadozinho metido a doutor só porque acabou de passar na OAB, com certeza, eu nunca vou achar engraçado se você, de repente, escrever “criança” com dois “esses”. Eu vou entender que ou você não estudou numa escola de prestígio ou que você nunca se interessou por aprender as regras da nossa Língua. Embora eu defenda que o estudo de Língua Portuguesa deveria ser obrigatório em todos os cursos de Ensino Superior, quem sou eu para dizer se a forma de se expressar de um grupo é válida ou não?
Ninguém nasce falando Português, aprende a estrutura básica logo que aprende as primeiras palavras. “Qué dedeira” nada mais é do que a nossa construção convencional de sujeito oculto + predicado (verbo + objeto direto).  Assim, o bebê tem sua solicitação atendida sem nem saber falar Português, como dizem por aí. Da mesma forma, o marido desempregado escreve um bilhete para sua esposa “Cabo meu dinheiro vamu economiza no lanxin das crianssa”; E não muito diferente desses exemplos, mas num caso bem mais próximo de mim, meu pai e meu avô que falam “bicicreta”, “Framengo” e “Craro”, e, para descontruir os preconceitos, meu pai nem flamenguista é. Nesses casos, o problema é na própria fala, o nome que damos a esse tipo de fenômeno é o Rotacismo, quando as pessoas trocam o “r” pelo “l” ou vice-versa. Pode ser que haja, sim, um pouquinho de preguiça do povo, mas não cabe a nós discutir essa ou aquela razão, afinal, com prestígio ou não, eles são maioria. É aquela velha história de “ele é grande, mas não é dois”. A quantidade, nesse caso, vence. 

Nossa Língua é objeto de uso e estudo constante por isso, muda sem que a gente perceba. Quem nunca se pegou escrevendo “q” no lugar de “que” ou “vc” ao invés de “você”? Aí, você vai me dizer que é para facilitar na hora do bate-papo na internet, e eu vou te dizer que o princípio dos falantes do uso informal do Português é exatamente esse, simplificar, retirar os excessos. Ou você acha que o termo “Vossa Mercê” usado antigamente virou “você” como? Nossa Língua nada mais é que uma bela arte flexível a mudanças. Amém! ;]

Tudo novo de novo.

às 01h09

A pretensão desse blog, desde o início, foi divulgar as coisas que escrevo, os detalhes que me inspiram, falar da vida, falar dos meus projetos, enfim, falar de sonhos, reais ou imaginários. Às vezes, a razão escreve, outras vezes, é o coração, e lá se vão alguns meses de blog, que eu espero que ainda dure muitos anos. E foi por esses dias, usando um pouco a razão e o coração, que pensei como poderia deixar esse blog mais MEU, mais a minha cara. Quando o criei configurei cada cor, tentei pensar nos pequenos detalhes para não parecer mais um modelo pronto do Blogger, só que eu precisava de mais. Eu amava o template do Danbo e, embora as imagem tenham sido escolhidas por mim, o Danbo não era uma obra minha, era apenas resultado de uma pesquisa no Google somado a um trabalhinho no Paint. 

E foi com meus antigos dotes em artes no Photoshop que resolvi dar início à roupa nova do meu diário virtual. Essa semana não dormi dia nenhum antes de meia-noite, só sossegava quando a internet me irritava e eu desistia. Hoje, consegui chegar o mais perto do que idealizei. Está acima do que eu esperava conseguir, com certeza, mais abaixo do que eu sonhei. Não adiantava mais ficar namorando blogs famosos, eu precisava esquecer o perfeccionismo e colocar no ar algo 100% idealizado e executado por mim. A minha coordenação motora ruim foi minha inimiga muitas vezes, mas eu venci, as "facilidades" do provedor, também não ajudaram em nada. 

Começa agora a segunda etapa do Entre sonhar e realizar, muitas ideias ainda estão sendo pensadas. Continuamos sendo um blog independente, mas agora podemos dizer que temos PERFIL, temos RG e CPF. Sejam bem-vindos, mais uma vez!


terça-feira, 23 de outubro de 2012

Em construção...

às 20h35

Estou com muitas ideias, e ideias que ficam somente no campo das ideias não sobrevivem por muito tempo, por isso, mãos à obra! Espero atingir a minha expectativa e, o mais importante, a de vocês. Volto assim que conseguir concluir pelo menos o layout do blog. Beijinhos!


sábado, 20 de outubro de 2012

Na ausência...

É um fato que quanto mais nos ausentamos, mais vamos nos tornando desnecessários. Que fique claro aqui que a minha intenção nunca foi essa. Explicarei, então, os meus motivos. Na sexta, dia em que eu deveria ter dado sequência aos posts em dias intercalados, já que a última vez que postei foi na quarta, eu não consegui acessar ao computador, pois não estava em casa e havia uma mini pessoa ocupando o computador do lugar em que eu estava, e, é lógico que o final da novela também ajudou para adiar a publicação. No sábado, ainda em clima de dia das crianças, fomos todos ser feliz no parque aquático. E, juro, quando chegamos o meu corpo só queria uma coisa: cama e sombra fresca, dormi 12h, esse negócio de toboágua cansa, mas valeu muito a pena, as crianças ficaram muito felizes.

É muito bom sempre poder concluir tudo aquilo que já digo sobre os jovenzinhos, eles renovam nossa juventude e nos dão certeza de que nada pode ser maior que nossa felicidade. No fim, entregamos crianças arranhadas dos brinquedos e vermelhas de sol, mas em nenhum momento aquilo importou para elas. A vida é muito curta para se importar com protetor solar e posto médico, essa foi a lição do dia.


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Poemas nossos de cada dia.

Quando a gente não tem o que falar, a gente lembra que poetas e compositores falam por nós. 
Na minha música, na minha poesia, eu deixo o silêncio e, para não calar, eu deixo Drummond.

Resíduos

De tudo ficou um pouco.
Do meu medo. Do teu asco.
Dos gritos gagos. Da rosa
ficou um pouco.

Ficou um pouco de luz
captada no chapéu.
Nos olhos do rufião
de ternura ficou um pouco
(muito pouco).

Pouco ficou deste pó
de que teu branco sapato
se cobriu. Ficaram poucas
roupas, poucos véus rotos
pouco, pouco, muito pouco.

Mas de tudo fica um pouco.
Da ponte bombardeada,
de duas folhas de grama,
do maço? vazio ? de cigarros, ficou um pouco.

Pois de tudo fica um pouco.
Fica um pouco de teu queixo
no queixo de tua filha.
De teu áspero silêncio
um pouco ficou, um pouco
nos muros zangados,
nas folhas, mudas, que sobem.

Ficou um pouco de tudo
no pires de porcelana,
dragão partido, flor branca,
ficou um pouco
de ruga na vossa testa,
retrato.

Se de tudo fica um pouco,
mas por que não ficaria
um pouco de mim? no trem
que leva ao norte, no barco,
nos anúncios de jornal,
um pouco de mim em Londres,
um pouco de mim algures?
na consoante?
no poço?

Um pouco fica oscilando
na embocadura dos rios
e os peixes não o evitam,
um pouco: não está nos livros.

De tudo fica um pouco.
Não muito: de uma torneira
pinga esta gota absurda,
meio sal e meio álcool,
salta esta perna de rã,
este vidro de relógio
partido em mil esperanças,
este pescoço de cisne,
este segredo infantil...

De tudo ficou um pouco:
de mim; de ti; de Abelardo.
Cabelo na minha manga,
de tudo ficou um pouco;
vento nas orelhas minhas,
simplório arroto, gemido
de víscera inconformada,
e minúsculos artefatos:
campânula, alvéolo, cápsula
de revólver... de aspirina.
De tudo ficou um pouco.

E de tudo fica um pouco.
Oh abre os vidros de loção
e abafa
o insuportável mau cheiro da memória.

                               (Carlos Drummond de Andrade)

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Ao mestre por carinho.

Eu fiquei o dia inteiro esperando para fazer este post, esperando para escolher as palavras, esperando para não repetir nenhum clichê. A espera só me fez ter certeza que não há o que ser dito porque se o trabalho de um professor não falar por ele mesmo, parem o mundo que eu quero descer! O professor ganhou de uma sociedade injusta funções que ele não aprendeu nos 4 anos (ou mais) de faculdade. O educador precisa ter a responsabilidade não só de ensinar, mas também de formar um cidadão, um homem honesto e um profissional. Enquanto a mídia diz que os professores são irresponsáveis por deixar alunos sem aulas por 90 dias, o professor tem que lutar sozinho não só por um salário mais justo, mas por mais dignidade porque os pais só querem que os professores sejam bons para os seus filhos, e nunca desejam que seus filhos sejam bons professores. Numa época em que cargos administrativos têm muito mais presítgio do que o profissional que "samba" na frente de uma classe para ensinar desde o beabá, o professor tem que colocar os seus ideias em uma sacola dentro de um armário esquecido e ir em frente dando aula por amor, formando homens na base do sentimento. Ok, você vai me dizer que antes ele já sabia o quanto ganhava, e embora eu lamente esse tipo de pensamento, devo concordar, nós professores devíamos não mais nos formar em Licenciatura, devíamos todos concorrer a vagas para trabalhar em escritórios com ar condicionado, ganhando a mesma coisa, talvez, mas sem a responsabilidade social que o educador tem. Devíamos todos deixar os seus filhos nas mãos de mestres por acaso, de profissionais conformados com a frustração em outras áreas e ingressaram em faculdades para professor apenas por ser mais fácil, por ser um dinheiro certo. Hoje não é o dia do professor, hoje é o dia do segundo pai (e muitas vezes, o primeiro) dos seus filhos. Se você é capaz de pagar à segunda pessoa mais importante da vida dos seus pequenos tão mal, não tem mais o que se discutir, até porque SER PROFESSOR não tem preço, e só quando conhecemos professores ruins, sabemos o verdadeiro valor de um bom mestre. Um feliz dia 15/10 aos mestres por carinho !

sábado, 13 de outubro de 2012

De Cervantes a Carneiro

Vocês conhecem o conto O Curioso impertinente de Miguel de Cervantes? Vou tentar dar uma resumida rápida: Anselmo é casado com Camila, mas com o objetivo de testar a fidelidade de sua esposa, resolve pedir ao seu melhor amigo Lotário que a corteje. Lotário não aceita, mas acaba se vendo obrigado a ceder devido à insistência do amigo. O marido usa desculpas para se afastar de casa e a esposa manda um bilhete delatando o galanteio do amigo. Anselmo segue com a ideia fixa de provar se sua esposa é, realmente, fiel. Com a aproximação de Lotário e Camila, os dois iniciam um romance e Camila toma ciência da armação do marido. Então, começa toda a tragédia, Camila vai para um convento para fugir da ira do marido, pois achava que ele já havia descoberto tudo; na procura do novo casal, Anselmo sofre um acidente e acaba por descobrir a derradeira traição, morre logo depois; Lotário foge e acaba morrendo em uma batalha e Camila, adúltera e viúva, morre de tristeza. 

Essa história parece com algum enredo recente, né? Leleco, Darkson e Tessália (da novela Avenida Brasil) interpretaram, sem o fim trágico, esse mesmo roteiro. Esse conto está no renomado Dom Quixote, e as pessoas ainda vêm me dizer que novela é coisa de pobre sem cultura. A novela, guardada a devidas proporções, precisa ser popular, dar ibope, precisa ser adequada a massa, com um linguajar fácil e personagens atraentes. Uma novela é um trabalho árduo de um pesquisador, sim. O roteirista pode trabalhar em cima de um romance de Machado de Assis, mas ele terá que adaptar essa história para o seu público, e isso não fará a obra ser menos rica, a obra será diferente, ganhará um outro olhar. 

Odeio preconceitos e, por isso, acho pertinente compartilhar com algumas pessoas desinformadas que acham que somente a sua verdade é válida. Nós temos, por direito, liberdade de nos manifestar como queremos, e toda forma de manifestação cultural é válida. Não importa se é um funk, um poema de Clarice Lispector ou um pagode, tudo isso é arte, e a arte representa um povo ou um grupo. Da mesma forma que você não gostaria de ser humilhado por não gostar de samba no país do Carnaval, não humilhe ninguém por não conhecer Caetano ou Zé Ramalho. Um bom avô já disse há muito tempo atrás, não faça aos outros o que não gostaria que fizessem com você. 



quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Dia de pouco, véspera de muito.

Nada pode ser mais poético do que uma véspera de feriado. Você acordou cedo para ir trabalhar, na certeza que esse seria um dia longo. Nada que tenha que ser feito hoje, não poderá ser deixado para o próximo dia útil ( ou não, só vamos saber quando o próximo dia útil chegar). O feriado é o dia de folga dos bons homens, um dia normal, mas só na véspera de feriado que eu vejo o verdadeiro Carnaval. Afinal, que dia é mais importante? A sexta ou a terça-feira da festa da carne? É hoje, é hoje que todo mundo bota o bloco na rua, assim que a caneta cai. Há quem diga que vai direto para a casa para descansar, mas ao cruzar o primeiro bar, a véspera de feriado toma conta da gente e, ao pedir só umazinha, é como se tivéssemos numa máquina do tempo, dá 6h da manhã, enquanto ainda estamos na primeira ou segunda gelada. Pois, é, queria que os deuses do homem trabalhador ouvissem minhas preces e a hora passasse no bar, tão rápido quanto passa no trabalho. Mas deixa pra lá, hoje é véspera de feriado e nada vai me abalar. 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Dentro do seu sonho, mas fora do conto de fadas

(...) Melhor do que sonhar é viver. Viver o que der pra viver. Viver o que não vai dar é um caminho rápido pra frustração, pra enlouquecer. A verdade sobre como o ritual do casamento se faz hoje - nesses tempos em que o pai da noiva não banca apartamento, em que preferimos sonhar com um trabalho que dê alegria do que com 8hs diárias como bancário, em que queremos fazer as coisas do nosso jeito - é essa: precisamos ter coragem e abrir mão de alguns dos sonhos de menina. Se vamos ser donos de nossas vidas e patrocinadores dos nossos desejos, temos de sonhar e agir como tais: Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Desde que me tornei homem, eliminei as coisas de criança. Paulo disse que era na fraqueza que se revelava toda sua força. Abandonar aqueles aconchegos, afetos, aquelas brincadeiras, aqueles sonhos, as garantias seguras de felicidade dentro deles... não é fácil! É extremamente doloroso! Mas a escolha precisa ser feita sob o risco de nos pegarmos agindo como um cachorro que corre atrás dos carros sem nunca alcançar e sem nem saber porque os persegue. Encarar de frente que não somos princesas ou rainhas, que somos mulheres apenas. Ninguém nos diz isso e eu não sei porque... Essas princesas nunca existiram pra além das nossas sagas com a Barbie, pra além dos contos de fada que nada mais são que plástico e fantasia. Temos a oportunidade e a liberdade de vivermos de verdade as nossas histórias reais, com amores reais e dificuldades reais a serem superadas. Um dia a dia real com contas reais a pagar, e reais festinhas de família a comparecer, com tardes frias reais dormindo de conchinha, com beijos reais e crises de asma no meio da madrugada reais. Viver é melhor do que sonhar viver. Tá certo, no sonho é tudo tão sem limite e a felicidade é tão completa, tão perfeita... abrir mão dessa segurança, desse amparo que a fantasia dá é foda! Como num presente de Natal que é exatamente o que pedimos, na nossa imaginação, nos nossos sonhos de Barbie não existe frustração. Quem quer abrir mão disso? Por outro lado, Barbie é uma boneca e, como tal, é comandada. Desconhece autonomia e independência. Tudo o que ela tem foi você quem deu. Também a princesa, tudo o que ela tem já estava lá quando ela nasceu: o título, os luxos, as mordomias, as responsabilidades devotas pra com seu povo. Barbies e princesas não se pertencem a elas próprias, nós sim. A má notícia para você e eu, mulheres normais, mortais e donas das próprias histórias é que os desejos tem limite. Mas, vai por mim - e você sabe disso - nada se compara a sentir a liberdade batendo na cara, a liberdade de viver o que é seu e o que é de verdade ao lado da pessoa que te acompanha nessa aventura de loucos. Sem rede de segurança, sem imaginações edulcoradas. A realidade nua, mas sua. Uma vida toda aqui...



Fonte do texto: http://voucasarepanz.blogspot.com.br/

domingo, 7 de outubro de 2012

Quanto vale a justiça?

Não tenho palavras para dizer o que aconteceu sexta na São Clemente. Fomos torcer para o samba 1, samba da equipe do Victor Alves, que era, de longe, muito superior ao samba 2. Foram meses de trabalho e dedicação sem ganhar nada da Escola e o que vi na sexta-feira, dia 05, foi um tremenda injustiça. Para começar, ficou claro para mim que a equipe dele estava com dificuldades de conseguir ingressos ( conseguir não, COMPRAR, porque nem isso eles ganham) para a sua torcida, tínhamos a intenção de levar alguns amigos para dar uma força, mas com a surpresa de ingressos custando TRINTA REAIS, ficou difícil, né? Dentro da quadra o que nos esperava era uma tremenda falta de estrutura, coisa de escola pequena, sem dinnheiro, não dava para entender o motivo dos TRINTA REAIS pela entrada e VINTE REAIS para o estacionamento. Isso mesmo, VINTE REAIS para colocar o seu carrinho lá dentro, sabe por quê? MONOPÓLIO, falta de opção, qualquer coisa do tipo. Quando começou as apresentações dos sambas, era para achar, no mínimo, estranho, que o tal Gabrielzinho, compositor do samba 2, fosse chamado por diversas vezes demonstrando um prestígio muito singular, já que a primeira equipe passou pela apresentação normalmente, subiu ao palco, respeitou o número de passadas e desceu, nada que não estivesse previsto. Aquele clima estranho me incomodou, mas segui firme, a fé não podia me deixar naquele momento. O resultado para mim teve de ser acompanhado pela minha ida ao banheiro (como de costume) e eu, realmente, não acreditei quando ouvi de longe aquela confusão de samba. Quando voltei, a estranheza sentida antes não só se confirmou, foi muito maior do que eu esperava. Retirou-se o refrão e a estrofe principal do samba 1 e colocou a do samba 2. Indignação, foi esse o sentimento que tomou conta de mim. Lamento muito pela equipe, mas isso não pode nos calar. A fé é tudo o que temos e sem ela, é impossível. Não desistam!


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Festa Cerveja & Pagode




Querendo exibir meus dotes para vocês, vou mostrar a festa surpresa que fiz para o namorado no início do ano. Pense em uma festa surpresa para um aniversariante que está do seu lado? Não foi fácil. Tive que organizar tudo um dia antes pois ele vinha para minha casa à noite e, no dia da festa tive que enrolar ele para me ausentar em alguns momentos. Foi tenso, mas como quem tem amigos não morre pagão, consegui. Demonstro aqui a minha gratidão por todos que me ajudaram e aproveito para mostrar as coisas que eu e a turma aprontamos. 

Escolhi o tema "Festa & Cerveja" e as cores verde e branco, e comecei a trabalhar em cima disso.
Peguei os logos de cerveja, fiz a arte com o nome dele, imprimi em papel comum e colei nos copos. 



Não consegui achar o arquivo do logo da Bud, mas ficou assim. 
Perdoem a resolução da foto.

Comprei um verniz para passar por cima do adesivo para dar uma impermeabilizada, mas não adiantou muito. O bom é que o logo durou a festa inteira no copo, e aqui em casa ainda tem uns que estão sobrevivendo (rsrsrs). O bolo foi ideia minha, mas obra de Thays Serbija. Lembram da maluca do Chá de Filhotes? Então, ela mesma.
De lembrança distribui a pimenta que meu pai faz (muito famosa, por sinal) em potinhos e coloquei uma outra arte. Também fiz um logo para o painel do bolo.



Alinhavo em tecido para as toalhas, pote para colocar gelo e cerveja nas mesas individuais, faixa para a entrada, playlist, grupo de pagode, kit ressaca, filosofias de bar para os potes de brigadeiro, tudo isso consegui com a ajuda da minha SUPER EQUIPE. Valeu super a pena a cara de "O que está acontecendo?" do aniversariante. Já faz tempo, mas eu nunca poderia me esquecer.Obrigada mesmo, galera.




 
 Vejam como o Digão ficou depois da farra.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Não irão nos calar com um apito.

Eu não sou uma pessoa muito ligada em futebol, gosto de assistir ao Mengão, gosto de Olimpíadas e Copa do Mundo. Só que muito além do futebol, dentro dos meus conceitos, tem uma coisa que gosto muito,a justiça. Ter que acreditar que tudo que é popular é manipulado por dinheiro sujo, é muito duro. É muito duro, em seu momento de lazer, ligar a tv para ver o seu time jogar e não só não vê-lo ganhar, mas ver que ele foi ridiculamente "garfado". Agora, com certeza, mais grave que tudo isso, é não ter nem o direito de se indignar, não ter nem o direito de dizer "Estamos de olho e não estamos gostando". Isso que aconteceu com o Náutico foi um crime público à liberdade de expressão. Os torcedores não puderam colocar uma faixa, que dizia: Não irão nos derrubar no apito. O árbitro só apitou o início do jogo quando a mensagem foi abaixada. O que mais me indigna é que as autoridades não se manifestam, nem a própria torcida se manifesta. É um homicídio doloso a manifestação pacífica com milhões de testemunhas e acaba como tudo acaba no Brasil, em pelada ou em samba. 

Não entendo nada de leis de futebol, o que eu entendo é de ser humano, e a mensagem de amor que quero deixar com isso é, na verdade, uma súplica para que não nos deixemos ser levados por esta minoria opressora, nós somos mais, somos muitos e devemos buscar o que é nosso por direito, nesse caso, a nossa voz.

Náutico

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Mini-nós.


Como não amar as crianças? Elas reinventaram o amor com sua forma delicada de pedir presentes que beiram aos mil dólares, como quem pede uma balinha para adoçar a boca. Elas são as miniaturas de seus pais em fisionomia e personalidade. Elas ganham o mundo quando aparecem com notas dez e transformam nossa alegria em ira quando vêm com aquelas médias baixas, dignas de castigos eternos. E quem nunca castigou um filho eternamente e voltou atrás com o primeiro sorriso ou  o primeiro "por favor"? Quem tem uma criança tem uma luz no fundo do túnel que nunca se apaga. E por que elas crescem? Pra que elas crescem? Preferia que elas continuassem a ser esses mini seres passíveis de ordem e ao mesmo tempo, donos do seus próprio nariz. Nós somos mesmo muito injustos quando colocamos um filho no mundo apenas para se livrar da solidão na velhice. Uma criança é a certeza de que não podemos desistir nem de nós, nem das pessoas. É preciso trabalhar dia e noite para dar mais do que podemos e menos do que elas dizem precisar. E como ter bom senso com aquele pequenino olhar te implorando para dormir uma hora mais tarde, ou mais trinta minutinhos de videogame, ou apenas para repetir a sobremesa? Hein? Como fazer? Existe receita? Nesse jogo, é o amor quem vai ditar todas as regras. E só ao lado delas, conhecemos o verdadeiro amor sem limites.

Catarina Leme. A normalidade sempre passa longe da gente.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A idade



 É que a idade chega. Você não pode evitar o movimento de abrir a porta da geladeira e ter que fechar porque não lembra mais o que foi fazer lá. A chave do carro se torna um fardo, você sonha com o dia que vão inventar abertura de porta por transmissão de pensamento. A idade avança. Os sobrinhos recém-nascidos estão se formando em Direito, os filhos viraram pais, as crianças estão se aposentando. A idade voa. A dor da saudade não faz o tempo voltar atrás. As lágrimas nos olhos, se não forem de alegria, de nada servem. O “daqui pra frente” é o que importa. A falta do que você viveu nos tempos passados, só pode fazer você repensar os tempos futuros, e melhorar. Se a velhice te incomoda, peça para desligarem os aparelhos porque idade é uma simples questão de espiritualidade.  Os remédios passam e o que fica é a vida, por toda a sua eternidade. Esqueça os esquecimentos, a ordem agora é aproveitar tudo, pelo menos, tudo o que você lembrar.  

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Obra de arte

Não satisfeita em não conseguir fazer nem um bonequinho-palito no Photoshop, consegui chegar a essa obra de arte. Não riam. Estou melhorando!



Este outro achei bem fofinho:


terça-feira, 25 de setembro de 2012

Nem melhor, nem pior.

Se uma pessoa torce muito para que sua Escola de Samba some vitórias, como essa pessoa fica qando sabe que essa mesma Escola será homenageada? E como ela fica quando essa homenagem virá de uma Escola também muito importante na sua vida, uma agremiação da sua terra, que o puxador antes de cantar o samba fala o nome da sua cidade? Como essa pessoa fica, hein? Acho que vocês não conseguem imaginar como eu fiquei, quando soube disso essa semana. Minha vontade foi de voltar no tempo, voltar ao primeiro dia de disputa de samba da Viradouro para ver não só a Escola de Niterói cantar o meu Salgueiro (♥), mas para ver a própria Escola da Tijuca desfilando na quadra do Barreto. É difícil ter uma paixão e ter que depender de diversos fatores para viver essas emoções. Nesse caso, eu só precisava de uma máquina do tempo e nada mais. Muitas vezes, o que falta é o dinheiro, a disposição, o espaço na agenda. A gente convive com isso e fica grudado na telinha do monitor procurando por cada  noticiazinha nos SRZD's da vida.

Deixando pra lá esse blablablá, vejam se eu não tenho razão para achar que o enrendo 2013 da Viradouro é lindo de morrer: "Nem melhor nem pior, que não sai da minha mente... Inspiração para o meu samba, eu também sou diferente". 

Alguns trechinhos da sinopse:

Por isso eu vim cantar noutro terreiro 
Pra falar bem do Salgueiro 
Em respeito a tradição

Nós também nascemos no morro, origem de bamba, onde o samba é pé no chão. Teu morro, nosso morro. De lá vem nossa inspiração, “vem a melodia para dizer tudo que sinto no coração". 
Falar do Salgueiro diferente é falar de revolução. Revolução no samba, revolução salgueirense. A busca por carnavais diferenciados foi o caminho para a vitória. Impressionar com enredos inovadores, fazer bailar o imaginário da passarela. Surpreender! Afinal, tem que se tirar da cabeça aquilo que não se tem no bolso...
  
O-lê-lê, ô-lá-lá,
Pega no ganzê
Pega no ganzá!

Salve o Rio de Janeiro,
Seu carnaval, seu quatrocentão,
Feliz abraço do Salgueiro
À cidade de São Sebastião.

Sempre diferente.
Como gosta de falar do Rio de Janeiro! Tantas merecidas homenagens ao berço do samba.
Carnaval sobre carnavais; dos bailes aos blocos pela Praça Onze... Saudade que aperta no peito; saudade daquela colombina, arrastada pelas nuvens de confete.
Mascarados e bate-bolas; mais um folião nos bondes da cidade.
Assim cantou a Academia: sonhos decorados com serpentinas, o sonho multicor da fantasia. Essa é a cara do Rio. Essa é a cara do Salgueiro, carioca da gema.

Receba, Academia do Samba, com carinho a homenagem, porque lá no Salgueiro também está um pedaço do nosso coração vermelho e branco - na verdade, é onde está um pedaço do coração de todo sambista. 

Vamos torcer, pois o samba do amigo do meu namorado é lindo. Depois da próxima eliminatória, eu posto ele aqui.