Se uma pessoa torce muito para que sua Escola de Samba some vitórias, como essa pessoa fica qando sabe que essa mesma Escola será homenageada? E como ela fica quando essa homenagem virá de uma Escola também muito importante na sua vida, uma agremiação da sua terra, que o puxador antes de cantar o samba fala o nome da sua cidade? Como essa pessoa fica, hein? Acho que vocês não conseguem imaginar como eu fiquei, quando soube disso essa semana. Minha vontade foi de voltar no tempo, voltar ao primeiro dia de disputa de samba da Viradouro para ver não só a Escola de Niterói cantar o meu Salgueiro (♥), mas para ver a própria Escola da Tijuca desfilando na quadra do Barreto. É difícil ter uma paixão e ter que depender de diversos fatores para viver essas emoções. Nesse caso, eu só precisava de uma máquina do tempo e nada mais. Muitas vezes, o que falta é o dinheiro, a disposição, o espaço na agenda. A gente convive com isso e fica grudado na telinha do monitor procurando por cada noticiazinha nos SRZD's da vida.
Alguns trechinhos da sinopse:
Por isso eu vim cantar noutro terreiro
Pra falar bem do Salgueiro
Em respeito a tradição
Nós também nascemos no morro, origem de bamba,
onde o samba é pé no chão. Teu morro, nosso morro. De lá vem nossa
inspiração, “vem a melodia para dizer tudo que sinto no coração".
Falar do Salgueiro diferente é falar de revolução.
Revolução no samba, revolução salgueirense. A busca por carnavais
diferenciados foi o caminho para a vitória. Impressionar com enredos
inovadores, fazer bailar o imaginário da passarela. Surpreender! Afinal,
tem que se tirar da cabeça aquilo que não se tem no bolso...
O-lê-lê, ô-lá-lá,
Pega no ganzê
Pega no ganzá!
Pega no ganzê
Pega no ganzá!
Salve o Rio de Janeiro,
Seu carnaval, seu quatrocentão,
Feliz abraço do Salgueiro
À cidade de São Sebastião.
Seu carnaval, seu quatrocentão,
Feliz abraço do Salgueiro
À cidade de São Sebastião.
Sempre diferente.
Como gosta de falar do Rio de Janeiro! Tantas merecidas homenagens ao berço do samba.
Carnaval sobre carnavais; dos bailes aos blocos
pela Praça Onze... Saudade que aperta no peito; saudade daquela
colombina, arrastada pelas nuvens de confete.
Mascarados e bate-bolas; mais um folião nos bondes da cidade.
Assim cantou a Academia: sonhos decorados com
serpentinas, o sonho multicor da fantasia. Essa é a cara do Rio. Essa é a
cara do Salgueiro, carioca da gema.
Receba, Academia do Samba, com carinho a
homenagem, porque lá no Salgueiro também está um pedaço do nosso coração
vermelho e branco - na verdade, é onde está um pedaço do coração de
todo sambista.
Vamos torcer, pois o samba do amigo do meu namorado é lindo. Depois da próxima eliminatória, eu posto ele aqui.
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